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Já que a gordura da região do abdômen é associada com risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas, que compreendem não somente doenças cardiovasculares, diabetes e doença renal crônica, mas também os fatores de risco destas doenças, como obesidade, resistência à insulina, intolerância à glicose, dislipidemia e hipertensão arterial, avalie sua saúde com a ‘fitinha da barriga’, que pode facilitar que perceba se está engordando, mantendo seu peso ou emagrecendo.
Veja o que fazer para usar a ‘fitinha da barriga’, que é baseada na Razão Cintura-Estatura e relaciona sua altura e cintura (por isso só deve ser utilizada por você, pois foi feita a partir do valor da sua altura, medida no Programa de Ginástica Laboral da UFPB):
1. Na frente de um espelho, deixe a região da cintura sem roupa (você pode abaixar um pouco a calça e suspender/tirar a camisa) e coloque a ‘fitinha da barriga’ em volta do tronco, passando-a por cima do umbigo (figura 1);
2. Com a fita paralela ao chão, gire lentamente seu corpo (ficando de lado e de costas) e olhe para o espelho a fim de ter certeza de que a fita não está torta (se estiver posicionada como indica a figura 2, faça pequenos ajustes na fita até que fique reta em relação ao solo);
Figura 1. Maneira correta de posicionar a fita
Figura 2. Exemplo de maneira errada de posicionar a fita
3. Ao segurar as extremidades da fita, posicione no umbigo a parte que tem uma seta preta apontada para baixo e faça com que a outra ponta da fita fique embaixo da seta (figura 3);
Figura 3. Posicionamento correto da fita no umbigo
4. Preste atenção na fita, que:
a) Deve estar confortavelmente posicionada sobre a cintura – não pode estar folgada (toda a superfície da fita deve encostar-se à pele), nem apertada (a fita não pode comprimir/deformar a barriga);
b) Não deve estar torcida ou torta;
Figura 4. Seta preta indicando risco considerável de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas
5. Ao final de uma expiração normal (solte o ar naturalmente), repare se a seta preta aponta para a:
a) Parte verde da fita (figura 3): você apresenta baixo risco de desenvolver doenças cardiometabólicas;
b) Parte azul da fita (figura 4): você apresenta risco considerável de desenvolver doenças cardiometabólicas;
c) Parte vermelha da fita com a palavra PERIGO: você apresenta alto risco de ter ou agravar doenças cardiometabólicas;
6. Se achar conveniente, faça marcas na fita com uma caneta comum para perceber se a seta preta aponta (figura 5, a seguir):
a) Para marca mais próxima da região D: você está engordando;
b) Para marca mais próxima da região A: você está emagrecendo;
c) Diretamente para a região A: você está magro(a) demais;
d) Para mesma marca da medida anterior: você está mantendo seu peso;
OBS.: Melhor é anotar em um caderno a data na qual usou a fitinha, registrando a distância entre o ponto indicado pela seta preta e o limite da região colorida (ex.: 5 pontos, fig. 4).
Veja a esquematização da fita (clique na figura 5 para ampliá-la):
Figura 5. Fitinha da Barriga
IMPORTANTE: procure usar a ‘fitinha da barriga’ na mesma hora do dia (ex.: antes de dormir) e a cada 10 dias, no mínimo - tenha como foco a adoção ou manutenção de atividades físicas e consumo de alimentos com qualidade e quantidade adequadas.
Consulte profissionais da saúde como Médicos, Professores de Educação Física e Nutricionistas para saber detalhes sobre como adotar ou aperfeiçoar um estilo de vida fisicamente ativo e saudável.
Lembre-se: a saúde é um bem precioso que pode ser cultivado com simples atitudes.
OBS.: O conteúdo desta página foi elaborado pela Profa. Dra. Caroline de Oliveira Martins - entre em contato para saber mais sobre a 'fitinha da barriga' ou sobre o folder da fita.
Referências
ASHWELL, M. Shape: the waist-to-height ratio is a good, simple screening tool for cardiometabolic risk. Nutrition Today, 46:85-89, 2011.
ASHWELL, M.; GUNN, P.; GIBSON, S. Waist-to-height ratio is a better screening tool than waist circumference and BMI for adult cardiometabolic risk factors: systematic review and meta-analysis. Obesity Reviews, 13:3, 275-286, 2012.
MARTINS, C. O. Antropometria no local de trabalho. In: Edio Luiz Petroski; Cândido Simões Pires Neto; Maria Fátima Glaner (Org.). Biométrica. 1 ed. Jundiaí: Fontoura, 2010, v. 1, p. 153-166.
NAIR, M. et al. CARRS Surveillance study: design and methods to assess burdens from multiple perspective. BMC Public Health, 12:701, 2012.